
Dia desses estava arrumando a gaveta de minha cômoda velha quando encontrei uma fita amarela já desbotada pelo anos que ficou ali naquele lugar... De onde veio mesmo a fita? Ah, lembrei, daquelas rosas que o Lúcio me mandou e que acalmaram a alma quando eu perdi o meu gato, o Aristeu.
Quanta dor senti quando o Aristeu se foi, ainda mais depois de mais de duas décadas me fazendo companhia na sala, ouvindo as novelas de rádio comigo...
Um dia, sentada diante do rádio, ouvindo o último capítulo da novela “ Jerônimo, o Herói do Sertão”, na Rádio Nacional, de repente senti que o Aristeu não se mexia, então corri e chamei o Lúcio ( que homem prestativo!). Ele veio e prontamente socorreu o Aristeu, jogou água fria sobre seu corpo e ele nem sequer se assustou como fazem os gatos quando sentem a água sobre o corpo . Simplesmente morreu diante de meus olhos durante o último capítulo daquela novela que até hoje sinto saudades.
No dia seguinte, para espanto de todos, resolvi fazer um enterro florido pra o meu Aristeu... e mais uma vez, lá estava o Lúcio a me ajudar. Enfeitou o pequeno caixão com flores compradas na feira, ainda me trouxe um lindo buquê de rosas amarelas e foi comigo ao enterro, calado, respeitoso e triste.
Que saudade da presença do Lúcio a me confortar...
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